quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Venha 2011...

Me despeço de 2010 MUITO grata...

Venha 2011 ... Seja muito transformador para todos nós... Venha doce... Venha com amor e muita saúde...

Bons inícios - minha gente - EVOÉ.


Suelen .S.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Xí caras

as xícaras são chiques,
já o bule é meio ralé.
a xícara precisa de um pires,
já o bule usa o que tivé.
quem pega a xícara levanta o dedinho,
quem pega o bule fica de pé.
quem toma na xícara faz biquinho,
quem toma no bule normal não é.

Henrique Rímoli

sábado, 27 de novembro de 2010

Da roda artistica...

Que bonito ver aquelas pessoas em cena. Que gostoso passar o dia entre amigos, rir, contar piadas, re-contar os "causos", ajudar os outros, ser ajudado, ficar tenso, relaxar... brincar!
Foi um prazer inenarrável passar esse dia com aquelas pessoas e compartilhar a noite belíssima de ontem!
Me emocionei, ri, quase chorei, me senti abraçada e fiquei com a sensação de que estou no caminho. Com toda cara de pau de que disponho pra seguir adiante e com bons companheiros por perto pra ajudar na caminhada!
Obrigada FPJotas!


Gislaine Pereira





"(...) Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer
E no mundo dizem que são tantos
Saltimbancos como somos nós.
"
 

(Todos Juntos - Enriquez - Bardotti - Chico Buarque)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Lados Avessos

Diante de todos devemos ser honestos.


O tempo inteiro.

Diante de olhos conhecidos das manhãs, ficamos despidos de artimanhas.

Vivemos as tragédias humanas.

Que são imperceptíveis aos olhos descuidados.

Uma alavanca para começar a chegar nesse estado.

Invadidos ainda somos por máscaras.

Outro corpo, voz e estado.

Diferente das posturas outrora que vivemos.

Nosso corpo entende mais nossa cabeça dificulta.

E temos que viver essas confusões entre mente e corpo.

Estamos defrontes para um trampolim.

E mais informações serão colocadas.

E mais honestidade terá que ter.

Que venham nossos lados avessos.





Ass: Marcela Cabral/Mar

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Commédia Dell' Arte Esse brincar de ser outros

Eis que aqui mascarados estamos.


Nos transformando em personagens que viveram no século XVI.
Nos reconhecendo.
Nos reconhecemos desde que vimos as mascáras dentro de um caixa rubra e colorida.
Nossos rostos foram contemplados, por figuras que invadiram nossos corpos e atitudes.
Nossa coluna foi modificada para o estado dessas personas que iriam nos contaminar.
Ganhamos tamanho, dimensão, projeção e pensamento.
Uma alegria e prazer esse brincar de se outros.
Que nos possibilita em estar na  feira , em uma carroça andarilhando ou no teatro.
É um estado de extase e alerta em mesmo tom.
Poder satirar e ser sartirazado.
Da ingenuidade à esperteza.
Dizer o que pensa sem pudores morais ou cristão.
Lidar com as questões mais humanas que temos de fato:
A fome
O sexo
As necessidades fisiológicas e necessários para se ser humano.
E que camuflamos diariamente.
Estar por detrás da mascára é um alivio para desabafos e desejos.
É estar camuflado e integro ao mesmo tempo.
Mais mesmo quando nos aliviamos em camarim e suspendemos nossos segundos rostos;
Ainda estamos mascarados, o estado de alerta perpetua.
Invade os poros e nos dilata.
Que bonito de ser ver!
Que bonito de fazer!
Esse brincar de ser outros ainda vai longe.
Estamos perto de nos mostrar mais humanos.
Daqui há um tempo.
A Commédia nos deixará saudade.
Mais podemos encontrar nossos:
 Pantalones,Tartaglia,Doutores,Enamorados,Capitães,Ragondas,Briguella,Arlequins,Olivetas,Zannis; nas
ruas de nossas casas,no metrô,na lojas.
Basta apenas levantar nossas mascáras cotidianas e ter um segundo olhar.
Eita que esse brincar de ser outros vai longe...
Muito longe...

ass: Marcela Cabral/Mar

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cavalo Marinho


Henrique Rímoli

domingo, 12 de setembro de 2010

O Célio está de volta...

Canto de um povo de um lugar

Todo dia o sol levanta
E a gente canta
Ao sol de todo dia

Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde

Quando a noite a lua mansa
E a gente dança
Venerando a noite

Madrugada o céu de estrelas
e a gente dorme sonhando com o dia


(Caetano Veloso)

Musiquemos junto à ele!!!

Gislaine Pereira

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

visitas

é tão bom receber visitas
ainda mais quando elas mexem com toda a estrutura e energia
que estamos vivenciando até agora
pra mim foi muito agradável não só a aula de hoje
mas a observação de ontem também
a observação não era diretamente pra gente (alunos)
mas estávamos ali diante de novos olhares,
e poder fazer uma aula com dois mestres
que chegam com sotaques, olhares, vivências e energias diferentes do que a gente ta acostumado é uma oportunidade muito prazerosa,
espero receber visitas de novo.

Henrique Rímoli


terça-feira, 7 de setembro de 2010

puta saco.

fico triste em ver o andamento dessa joça
existem aqui seres absolutos que decidem o que pode ou não permanecer no blog?
apagaram meu post e de outras pessoas também
e acho que isso não é interessante pra gente
quando eu criei essa budega aqui foi no intuito de conhecer um pouco mais
as pessoas que por aqui se expressam, e eu gostaria que mais pessoas escrevessem por aqui
não só pra rebater algo que não gostou, mas também pra demonstrar aquilo que lhe agrada,
mas eu me contento com as poucas almas que transitam por aqui,

fecho esse post com as palavras do PC siqueira (@pecesiqueira)
"Existe um abismo de diferença entre ter uma opinião que incomoda, e fazer uma ofensa pessoal. Tem gente que tá precisando entender isso."

Henrique Rímoli

domingo, 5 de setembro de 2010

E o palhaço... o que é?

O palhaço é aquele cara que não se ajusta a sociedade... sua alma ultrapassa os limites impostos, ele não cabe nos moldes, transpassa toda e qualquer ordem ditatorial social!
O palhaço é um ser que não cabe em si, por isso busca o olho do outro, ele reflete-se nos sorrisos dos outros.
Ser palhaço é ter o nariz vermelho quando tá todo mundo com o olho assim, vermelho, de tanto chorar...
O palhaço é o cara que vem na contramão!

Gislaine Pereira



...pra mim é assim, e pra você?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dell´arte

uma meia, uma mascara, uma platéia, um frio na barriga, e uma certeza: eu vou, mas não sei como eu volto, os exercícios tem sido momentos bons para a exploração das mascaras, eu experimentei todas e cada uma tem um gostinho diferente, é estranho quando uma mascara te pega e parece que você ja habitou aquele corpo antes, e a outra te expulsa querendo dizer que seu lugar não é ali, mas pode ser que quando você pensa que achou sua mascara, aquela que te expulsou na verdade foi a que mais se encaixou em você, experimentar todas é um privilegio e se prender a uma ou duas é deixar uma oportunidade escapar.


Fazia tempo que eu não habitava aqui
não por não ter o que escrever
mas sim por não dar o que falar
(eu escrevi o fim antes do começo acho que eu não sou normal)

Henrique Rímoli

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Um certo Zanni

Raciocinios invertidos;
Ações imprevisiveis.
Brincadeiras com a ingenuidade.
Sonhos atrapalhados, que se misturam com uma fome incontrolável.
Ainda esfomeado tem a leveza e sorriso de criança.
E talvez seja.
Por detrás da mascára...
Está um certo um Zanni,um atrapalhado servo.
Nossa criança crescida.
Da Commédia dell' arte.


ass: Marcela Cabral/Mar

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Commedia Dell'arte


Uma grande taça de sorvete,
que vou comendo pelas beradas e descobrindo
os sabores que ali estão escondidos
a cada colherada que dou.
Só que é uma vontade difícil de ser saciada
e que aumenta a cada ida a sorveteria.


.Renato Ribeiro.

RRRRAGONDÁ!!

Pernas trêmulas...
Apenas teoria de um ser
nunca antes habitado
por este corpo.

Acredito que toda mulher
tenha um pouco dela em si.

Será ela, a minha contra-máscara?

..:: Thaís Oliveira ::..

domingo, 22 de agosto de 2010

Des.A.Fio

Sob um fio
Tecendo o meu caminho
Máscara
Corpo
Abismo
Entrega
Explosões para um novo des.a.fio

Thaís Oliveira

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

À Monique Franco


Você que está presente em nossas vidas todos os dias, que tem o privilégio de ver a nossa trajetória bem de perto, que é agraciada pela nossa belíssima presença... Sim, você Monique, vou lhe ser franco, é com você mesmo que estamos falando.
Resolvemos somar nossos talentos para fazer-lhe esta surpreendente serenata de amor, para que nesse dia você tenha sonhos de valsa, pois sabemos que seu coração é de ouro branco encrustrado de diamantes negros.
Desejamos que nesse dia você tenha muitas cervejas e barrinhas de cereais ao seu dispor.
E não se esqueça jamais que estaremos sempre aqui Toddynhos pra você!


Parabéns Moniqueeeeee!!!
Não é todo dia que fazemos 32 anos, né ?!
(assim diziam as velinhas do bolo. hehehe)

Gislaine Pereira
em nome de todo o PFPJ4


Ponto de aprendizagem - sobre o grupo (13/08)

"Divido minha bagagem com todos, temos roupas bem parecidas dentro das malas - foram roupas que confeccionamos durante a semana; algumas são vermelhas e brilham mais, começaram a ser costuradas antes. Ás vezes agente fica dobrando e desdobrando as mesmas peças. Alguns se entretém com o zíper da mala e se esquecem do que está nela. Algumas peças são tiradas da mala e 'exibidas' várias vezes... As mesmas peças de novo e de novo.
Algumas meias, luvas e cachecois dão um toque a mais nas roupas, mas ás vezes são mais valorizados do que os casacos e as calças."

Gislaine Pereira


O ponto em questão:
Já estamos viajando e todos fizeram as malas rapidamente. Agora vamos conferir a bagagem... -O que tem na bagagem que posso dividir com todos? O que eu poderia ter trazido para o grupo? O que o grupo dividiu comigo?


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ai!


quem precisa de um joelho novo levanta a mão!

como diria falcão : Se meus joelhos não doessem mais...
(joelhos meramente ilustrativos)

Henrique Rímoli

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SUELEN SANTANA

domingo, 15 de agosto de 2010

Regras

diante de alguns acontecimentos aqui estão as regras sobre o nome, título, cores, formatação e o que mais tiver nessa bodega de blog.

regra numero 1:
sentiu vontade muda.
regra numero 2:
não gostou da primeira regra? mude-a.


Mascar ar

em meio a tantos seres mascarados
é que estamos nesse momento
cavalo marinho
commedia dell´arte
e tantos outros
personagens que conhecíamos
achávamos ou tínhamos certeza
personagens que estamos conhecendo
e nos surpreendendo
aiai nada como a convivência.

Henrique Rímoli

sábado, 14 de agosto de 2010

minha aprendizagem

na mala?
meias,
elas esquentam, protegem e acalmam minha base
os pés,
com a base acentuada consigo dar passos maiores
e explorar outro viés,
ao longo do caminho o tempo não é mais o mesmo
eu uso roupas de verão que escolhi a esmo,
agora o frio é imenso
e preciso de outras roupas pra me sentir protegido,
vou recolhendo pela estrada
blusa, calça, gorro, cachecol
coisas que eu não usaria antes
quando estava sol,
encontro na viagem
mercadores, doutores, trabalhadores
todos peculiares,
todos singulares
procurando e retribuindo olhares.


Henrique Rímoli



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Entre Mascáras

Entre mascáras sem o reflexo do espelho.
O nosso espelho é a reação do outro.
Em corpos expansivos explodimos.
Expurgamos!
Damos vida ao baixo ventre,escondido pela sociedade.
Olhamos a cidade.
De outra maneira.
Sem vendas barateadas de alienação.
E entre mascáras estamos dentro da sala.
Que nos desnudam defronte olhos alheios e semelhantes.
A dança e a música entram por poros nossos expostos.
E dilaceram, chegamos a exaustão.
Falta de ar!
Recuperação dos sentidos!
Ah! O corpo quer explodir!
Explode!
O riso e o choro se fundem.
Entregues ao chão estamos, molhados de suor.
Quem são esses mascarados?
Súbito de consciência autoritária tenta nos repreender.
Indagando quem somos?
Nosso corpo reage antes da fala.
Mesmo exausto, pronunciamos ao nosso pensamento invasor:
Afinal quem sabe o que somos?
Sou como me vejo...
Não me apego à pensamentos discursivos pairando na cabeça.
E no momento me vejo através de olhos alheios.


Marcela Cabral/ Mar

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Da pedagogia de aprendizagem (minha e/ou nossa)

Devemos aprender a aprender sozinhos, e apreender o máximo de conhecimento que pudermos. E apreender nem é a palavra exata, talvez reter seja melhor... Devemos reter o conhecimento em nós, mas também não é reter... é mais que isso. O conhecimento deve fazer morada em nós, frutificar, transgredir seu estado primeiro e ir além, bem além do que era quando veio habitar aqui. Então não é uma questão de "reter" conhecimento, não temos que acumulá-lo, temos é que fazê-lo crescer em nós, até o ponto de ultrapassar-nos!
E o aprendizado, mesmo quando é acompanhado, é sempre solitário. Você só aprende o que VOCÊ aprende. Mas isso não é também, tornar-se ignorante, egocentrico, mesquinho... é só uma tomada de consciencia. Devemos aprender a aprender sozinhos e também a tornar a viajem alheia um tanto mais saborosa.
É esquizofrenico falar, eu sei... mas faz muito sentido viver!
Agente tem que ir sempre adiante. Não dá pra parar... E na correria temos que aprender a sorrir! Nos divertir no sério e ficar sério no meio daquilo que é muito divertido.
Adelante amigos!!!
O caminho é pesado daqui por diante, mas é muito leve se agente souber caminhar... é só uma questão de ajustar os passos!

Gislaine Pereira

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Popultura Corporar

Do meio de minha vértebra
Criou-se um movimento
O cérebro querendo segurar!
Foi surgindo a dança...
...Dança de minha terra...dança que sai do chão.
Vem entrando em minha alma
Transformando a visão
Através dos dedos dos pés,
da minha razão.

Thaís Oliveira

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eia Cavalo Marinho!

Nos equilibrando no estalar do som .
Pensamentos não cabem no momento em que a palavra...
Transformar-se em suor.
Os poros dilatam-se.
Dançam,Agitam,Vibram...
Explode na irís de olhos nosso;enquanto damos um salto.
Gotas de suor homeopáticamente ensopam nossas blusas.
Exaustão!
A batida dos pés,nos guiam adiante.
AVANTE!
E o pandeiro dedilhado não para.
Eia Cavalo Marinho!
De pés empoeirados pelo terreiro.
Cobertos hoje por sapatos.
E iniciado em nosso chão de concreto cinza.
Eia Cavalo Marinho que passa!
Adiante...
Com o som da rabeca invadindo típano nossos.
E toadas livres.
Nos arrastam som adentro.
E voltamos com pés rasgados pela dança.
Poros dilatados em poesia e movimento.
Corpos modificados por nossa cultura.
Eia Cavalo Marinho!


ass: Marcela Cabral/Mar

quinta-feira, 29 de julho de 2010

As Férias vão acabar!

Pois é galera... esta chegando a hora de voltar.
Esta acabando o nosso tempo de descansar.
Porque segunda-feira já esta ai!
E vamos voltar a trabalhar!!
Sei que muitas coisas, nós já vivemos...
Mas ainda temos MUITO a estudar
E acontece que o NOSSO caminho é longo....
Então...
“vambora” galera caminhar!!
Pois como já diz o titulo...
As férias vão acabar!!!


Gabi Zanola

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Remar

não importa muito dizer o que ouvimos
mas sim saber o que faremos após as nossas conversas
uns tem que correr mais do que outros
mas o que realmente importa pra gente
é olhar pro lado e sentir que podemos contar
com aquela pessoa que olha de volta
todos num mesmo barco
remando prum mesmo sentido

Henrque Rímoli

domingo, 18 de julho de 2010

Pausa

As férias chegaram...
hora de descansar, dormir um pouquinho mais todos os dias (ou acordar e ir a outros lugares), repensar todo o caminho até aqui... planejar mudanças, ou planejar continuar no mesmo trilho...
Enfim, chegou a hora de dar uma pausa pra tomar um folêgo para o que virá.
É importante fazer um balanço da nossa trajetória... e até ser balançada pelos nossos mestres ao ouví-los dizendo o que pensam sobre cada um. (Eu fiquei balançada com o "retorno" que recebi).
E ouvi de muitos sobre esse momento: "-Ah, eles são uns fofos!"
Confesso que fui uma das que falei isso, porque eles são mesmo!
E convenhamos, sentar-se pra ouvir grandes mestres falando sobre você... é um privilégio enorme. É ter a certeza de que, simmm, plantamos lindas sementes nesse caminho. Agora vamos regar, adubar, cuidar, conversar com a plantinha (pra que ela cresça mais), deixá-la no sol, cuidar para que não queime ou fique encharcada demais, podar os galhos secos, tirar as ervas daninhas... e continuar plantando ainda mais nesse solo que fica cada vez mais fértil com esse cuidado tão carinhoso de vocês, mestres!


Agradeço, em nome dos outros 23 alunos / aprendizes pelo carinho que tiveram conosco nesse primeiro trimestre:
Célio Collela, Heraldo Firmino, Leslye Revely, Roberta Calza, Thais Ferrara, Luciana Viacava, Ronaldo Aguiar, Daiane Carina e Monique Franco!

Em agosto estaremos de volta, com gás total!
Boas férias a todos nós!!!!

Gislaine Pereira

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ANDEMOS

O tempo é inimigo nosso.
Em alguns instantes.
Passa por nós, sem pedir licença.
Olhemos para trás!
Sim. Já se passaram quase seis meses.
De convivência e respeito.
E estamos aqui!
Entre quedas,alguns machucados mais permanecemos.
Fora escolhidos 26!
E somos agora em 24.
Nem todos conseguiram retomar das quedas!
Mais Andemos!
Pois conviver com humores temperamentos diversos.
Não é tarefa fácil.
E que bom que não é!
Passamos mais tempos aqui e juntos , do que em nossas cidades.
Saimos pela manhã carregados de mochilas,instrumentos e roupas.
Tem horas que achamos que vamos desmorar.
Mais o aconchego inconsciente do grupo...
ACALENTA
ACALMA
Esse mar em tempestade com o céu rasgados em fúrias, que atravessamos neutralidade adentro.
Esse mar!
Esse mesmo mar é a nossa cabeça as vezes.
Os pensamentos escondidos, guardados.
Que surgem do nada, e são absolutamente tudo.
Inexoravelmente tudo.
Dentro de um todo
Dentro de nós.
São revelados as vezes pelo os olhos descobertos da máscara.
Olhos que não falam com palavras.
Mais são ,a palavra transmitida no corpo
Um primeiro ciclo se encerra, daqui alguns dias.
Dencasemos entao.
Pois nosso caminho apenas começou.
Andemos!


E como se diz no teatro:

EVOÉ!

ass: Marcela Cabral/Mar

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Passar inho

Degustou aquele café já pensando em seu trajeto
pegou suas coisas e meio sem jeito ensaiou uma corrida
em meio aos passos apressados lembrou de ter esquecido algo de suma importância
esquecimento era uma herança da infância
voltou e seu pensamento era exclusivo pras horas
o atraso era inevitável e intolerável
conferiu uma lista mental e viu que tudo estava certo
e num passo apertado tratou de seguir seu rumo
tentou traçar outra rota para poupar seu tempo
cortou caminho pelo parque onde nunca tinha ido
e um pássaro toma-lhe a frente fazendo-o parar bruscamente
o pássaro lhe olha e o olhar é retribuído
e em meio ao caos matinal daquele centro urbano
um sorriso se abre.


Henrique Rímoli

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pastorinhas

A estrela d'alva
No céu desponta
E a lua anda tonta
Com tamanho esplendor
E as pastorinhas
Pra consolo da lua
Vão cantando na rua
Lindos versos de amor...

estrela d´alva é um dos nomes do planeta Vênus, estrela pois brilha feito uma e D´alva porque surge na alvorada.

Henrique Rímoli

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ana se banha

ana brincava com a bolhas que subiam enquanto esfregava seu corpo com a bucha,
soprava cada bolhinha até que elas alcançassem o teto e explodissem,
ana se esqueceu do mundo e que no fundo era só isso que ela queria,
sorrir e ter nos olhos essa alegria,
não o sabão que na sua retina ardia.

Henrique Rímoli

domingo, 13 de junho de 2010

É HOJE!!!


A Formação de Palhaços para Jovens dos Doutores da Alegria, apresenta:


EXERCÍCIO CÊNICO DE FINALIZAÇÃO DO TRIMESTRE

Uma colagem de exercícios e experimentações que aconteceram em sala de aula.
Uma maneira simples, direta e divertida de contarmos
um pouquinho do que aconteceu nestes três primeiros meses de curso.


Dia 13/06/2010, domingo ás 19 horas
Entrada Franca

Será:
Teatro Escola Brincante
Local - Rua Purpurina, 428
São Paulo - SP



É isso ai! Até daqui a pouco, e sorte pra nós!


Rita Masini

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mais um: Até Logo!

Pois é chará! Também não gosto de despedidas.

Mas essa semana, estão sendo muitas em minha vida.

Hoje foi pura emoção, e brincadeira.

Novas experiências virão e a que tive em suas aulas estarão aqui no meu cafofo (estofo) junto com todos os artistas dessa primeira etapa.

Apenas agradecimentos à todos, e que nessa próxima etapa venham mais provocadores com suas provocações.

Até Logo...

Thaís Oliveira

terça-feira, 8 de junho de 2010

Respirar é Necessário

E o universo do treino.
É algo muito dificil de entender logicamente.
Eclodo,Ondulo e laço um disco que não vai a lugar nenhum.
Fato!
Tremo,fico nervosa e ansiosa em mesma instância.
Mais é bom errar,também.
O melhor de tudo é perceber onde foi o erro.
Desse estado,querer refazer tudo.
O treino, a sequência.....
O meu corpo tem que fluir com o movimento.
O movimento fala de mim.
Do meu estado
Da minha trajetória.
Esquecer por alguns minutos
O nô da garganta
A suadeira
O esquecimento
A imprecisão
E ser.
Estar vivendo o permear... de cada movimento.
Como se todos me atravessem ao mesmo tempo.
E fundem no meu corpo que não é mais meu.
Que se confudem dentre tantos neutros que somos.
Entre tantos corpos que se locomovem
Em uma sala de duas janelas iluminada e um espelho coberto.
Universo dolorido esse o nosso e...
PRAZEROSO na maior parte.
Mais prazeroso que dolorido.
Tranquilidade e respiração
Serão necessária para esse refazer.
Para buscar o universo do justo
E ter rigor e propriedade no movimentar...
Respiremos e Recomeçemos..
Começando por mim...
Um,dois e já.....


ass: Marcela Cabral/Mar

domingo, 6 de junho de 2010

Poesia

É lindo descobrir que tudo é poesia...

... e o belo se cria.

Thaís Oliveira

Espirito de Porco

Isso ocorreu em uma pequena cidade do interior Paulista num finzinho de tarde frio e chuvoso do mês de Agosto, não se via nenhuma alma viva em qualquer canto que se olhasse, as vendas já tinham baixado suas portas, os botecos não tinham mais nenhum cachaceiro caído nas portas, nem os pássaros arriscavam sair de seus ninhos, todos estavam dentro de suas casas se aquecendo e João Cláudio encontrava-se só pelas ruas da pacata Guapiara, ele era filho único de pequenos agricultores que a muito residiam na região e o sitio em que morava ficava distante do centro da cidade e neste momento já havia perdido a carona que o levaria de volta até sua casa, sem ter onde passar a noite ele decide ir caminhando.
Ia sem pressa pelas ruelas de paralelepipedo que cortam a pequena Guapiara, a noite já começara a cair e passando pela porta da igreja um barulho de algo caindo la dentro chama sua atenção, a porta abre-se lentamente e de la sai um gato negro, negro como a noite e de olhos que brilhavam mais que a lua num céu sem nuvens, neste momento uma brisa leve e gélida beija seu rosto e um arrepio toma conta de seu corpo deixando-o estático enquanto o gato atravessava calmamente a rua até subir em um telhado e desaparecer nas sombras .
João Cláudio retoma o controle do corpo e começa a andar mais acelerado até chegar na estrada de terra batida, molhada pela garoa onde ele escorrega e torce o tornozelo, ali ele fica sentado com muita dor até que ouvi um ruído irreconhecível vindo do mato, rapidamente ele se coloca na estrada que neste momento era iluminada apenas pela luz da lua cheia que tenta se esconder por entre a neblina que agora toma conta de tudo a sua volta, e põem se a andar mesmo com dor, o mais rápido possível, só que ele começa a ouvir aquilo o acompanhando por entre o mato e então João Cláudio começa a correr e aquilo foi junto a ele até que chegasse em casa e abrisse o portão de madeira com um empurrão tão forte que o deixou pendurado, tentou abrir a porta mas estava trancada por dentro e aquele ruído começou a aproximar-se e antes que aquilo o pegasse, sua mãe abriu a porta e ele caiu no chão levantando rapidamente para fechar o trinco, arrastou o sofá e encostou nela.
Depois de contar o ocorrido a seus pais, sua mãe munida de uma vassoura e seu pai de uma espingarda abrem a porta e se deparam com uma figura amedrontadora com quase 2,50m de altura, a cabeça de um javali com presas enormes, os ombros largos e o corpo todo peludo, eles ficaram se olhando por alguns instantes e quando o monstro ia abrir a boca João Cláudio fechou a porta em sua cara, e ouviu-se um grunhido tão forte que estremeceu a porta. E durante toda aquela noite ouviu-se algo rondando a casa.



.Renato Ribeiro.
Co-autoria: Leila Rosa

quinta-feira, 3 de junho de 2010

éramos 26

éramos 26,
hoje somos 24
um pra cada ano da minha vida,
gostaria que fôssemos 26 ainda
mas não os mesmos 26
do dia 16 do 3
um 26 diferente,
os 24 de hoje
e outros 2
que aguentassem o tranco,
se bem que pelo balançar do barco
daqui a pouco gritaremos de novo:
-HOMEM AO MAR.

Henrique Rímoli




quarta-feira, 2 de junho de 2010

indiferença moveis

Do que é ruim eu me esqueço
O bom eu quero mais
Na tristeza eu quero avesso
Agora quero paz
Saiba que todo fim
É um recomeço
Pra nossa vida quero amor
O resto eu desconheço


Fernando Proença
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles


Rita Masini

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Laço e o Abraço

"Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso dar um laço... uma fita dando voltas?!?!
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando...devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, é o mais curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade e tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,deixando livre as duas bandas do laço"
de Mário Quintana (acho) por Gabi Zanola

domingo, 30 de maio de 2010

As arvores

As árvores são fáceis de achar
Ficam plantadas no chão
Mamam do sol pelas folhas
E pela terra
Também bebem água
Cantam no vento
E recebem a chuva de galhos abertos
Há as que dão frutas
E as que dão frutos
As de copa larga
E as que habitam esquilos
As que chovem depois da chuva
As cabeludas, as mais jovens mudas
As árvores ficam paradas
Uma a uma enfileiradas
Na alameda
Crescem pra cima como as pessoas
Mas nunca se deitam
O céu aceitam
Crescem como as pessoas
Mas não são soltas nos passos
São maiores, mas
Ocupam menos espaço
Árvore da vida
Árvore querida
Perdão pelo coração
Que eu desenhei em você
Com o nome do meu amor.

Arnaldo Antunes


Henrique Rímoli

Ismália

Quando Ismália enlouqueceu
Pôs- se a torre a sonhar...
Viu uma lua no céu...
Viu uma lua no mar...

No sonho em que se perdeu
Banhou-se em toda em luar...
Queria subir ao céu...
Queria descer ao mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu...
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu...
Ruflaram de par em par
Sua alma subiu ao céu...
Seu corpo desceu ao mar...


(Alphonsus de Guimaraes)


Postado por: Marcela Cabral/Mar

sábado, 29 de maio de 2010

Vilania





"Não abro mão de ser heroi,


mas optei por ser Vilão."





.Renato Ribeiro.
Poeminha do contra

Todos esses que ai estão atravancando o meu caminho
Eles passarão
Eu passarinho!

(Mario Quintana)



Gis Pereira

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Passantes

Um corpo confuso
Logicamente falando
Um corpo apenas.
Dolorido,Cansado e Modificado.
É.
Uma mente que escreve e fala sem parar.
Se cala.
De nada adianta para o estado que busco nesse instante.
O andar comum e apressado
É eliminado porta adentro.
A cor preta neutraliza-me.
Estou.
O fato de estar vigora.
Reverbera.
Aqueço o espaço.
Aqueço-me também em mesma proporção.
Sou o espaço e o movimento.
Vivencio o Fato de Estar.
Apenas vivo.
Palavras embaralhadas surge na ponta da língua.
Permaneço na prontidão.
Chegamos a exaustão.
As palavras que me surgiram anteriormente,esgotam-se
Meu corpo já respondeu-me.
Somos tão passantes quanto o movimento que se iniciou em nosso corpo hoje.
A liberdade de não saber, é preciso ser viver também.

Por : Marcela Cabral/ Mar

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Entre o balão, os insetos gigantes, a bola de astes metálicas em formas geométricas, o piano voador, o futebol vertical, muitos prédios no Vale do Anhangabaú, e muitos outros, cada um com sua invenção fastástica. Foi onde eu estive esses últimos dias.
É uma correria geral, algo em torno de 60 horas sem dormir. Eram 105 grupos, com aproximadamente 500 artistas.
A festa foi linda, e todo o cansaço recompensado. Me arrepiei, me emocionei, e sei que muitos o fizeram comigo. Pois após tantas questões, tantos problemas e estruturas, o balão subiu, e no meio do Vale, e foi um dos espetáculos visualmente mais belos que já vi.

Peço desculpas, e agradeço. Cada um com um qual, mas principalmente pelo estado ausente, e pela paciência.
Mesmo porque, como me disse um grande amigo uma vez:

"Estamos juntos, mesmo separados!"


E nesse vai e vem infinito da vida, estou chegando!



Rita Masini
(pós) produção - maratona de rua - virada cultural 2010

domingo, 9 de maio de 2010


A musica vai tocando e é tocada, pode ser poluída ou pontuada, quem toca também se toca que a musica é silencio, que a musica meche no fundo de cada um, devolve lembranças, sentimentos, sensações e cheiros, da musica ninguém pode fugir, então fique esperto pois quando menos perceber um simples jingle pode te agarrar.


Fernando Proença

quinta-feira, 6 de maio de 2010

batatinha frita 123

era simples
e também era complicado,
quem pegava
tinha que contar virado,
terminou de contar
quem corria ficava parado,
quem se mexia
estava ferrado,
voltava pra linha
e não era perdoado,
batatinha frita 123
volta,
se mexeu,
to te vendo,
por culpa dele o grupo será penalizado,
agora vão vir de olho fechado,
batatinha frita 123...
nunca bater foi tão divertido
exercitar o poder
e ser obedecido,
uma liderança "besta",
um jogo,
um estado,
quem foi pego volta,
quem não foi fica parado,
o jogo tem seu tempo,
e acaba quando o pegador é tocado,
os papeis se invertem
e quem estava de pé
agora fica sentado.


Henrique Rímoli







sexta-feira, 30 de abril de 2010

Estórias

E tem Gente grande morando na gente.
As histórias dos outros invadem nossa mente ainda em treinamento.
Se alojam e provocam nossos pensamentos clandestinos.
Eita!Que tem gente grande morando dentro da gente.
Querendo Desbravar o mundo.
Sem antes olhar por um segundo,a janela de casa.
Me pego pensando na história da menina magrela.
Que contara outro dia.
Que uma chuva de flor pairou na cidade.
E tudo era contado no máximos detalhes
Da visão de um cego.
Que permanecerá em nossas memórias.
Olhar o mundo com a sensação de uma cegueira.
Assim como outras estórias que há de se contar.
De tantas Marias,Joaquinas,Severinas,Manoel,Pedros e Paulos
Que estão nas esquinas de casa e nunca paramos pra olhar.
Que nosso quintal é gigante.
Tamanho que não nos damos conta.
Lembro das pipas brilhantes que via os meninos de pés empoeirados empinar.
E que não achava a menor a graça.
A não ser brincadeira chata de ficando olhar pro ar.
Que pular corda não é mais brincadeira de criança.
E que ser criança exige muito treinamento no olhar.
Num corpo que estranho agora.
O olho quando vejo no espelho.
Não é mais o mesmo corpo de um mês atrás.
Eita! Que descobrimos que o silêncio é importante.
Que nós não seremos mais o mesmos de antes.
Que a nossa boca de gente "grande"
Precisa saber calar mais.
E escutar melhor.
Que uma roda é ritual.
Estar também é!
Que conviver com estórias diariamente diferente das nossas, não é mais tão simples.
E daqui em diante isso só vai aumentar.
Até que não tenha mais dúvida pra quem mora dentro da gente.
E nos constestam com pensamentos invasivos!
Que podemos desbravar o mundo e nossos quintais, com maior riqueza em nosso olhar.
E assumir as éstorias do outro e contar para todos em um desbravar só!

ass: Marcela Cabral/Mar

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vista da Janela do meu quarto (meu jardim etereo)


Hoje sai da aula querendo ficar em silêncio.
Querendo só ouvir o mundo... e olhá-lo de outro jeito.
Vê-lo mais como Zé Pierre e menos como multidão.
Ouço, agora enquanto escrevo, uma música que fala de mar... de amar.
E lembro da Monique falando sobre paixões e o do quanto ela falava apaixonadamente sobre isso.
Lembro da Clarice, a tal Lispector, dizendo:
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca."
E penso em quanto somos levados pelas sensações do mundo e o quanto somos sensação.
Tudo afinal é uma questão de toque; de como e quanto somos tocados por algo (e/ou alguém). É o comover: mover junto. Tirar do cotidiano cinza e mover para o reino do fantastico, do incrivel, do lúdico.

No caminho até aqui vim lendo um texto que falava sobre esse tempo poético: tempo poético de vida, tempo que nós estabelecemos quando e onde queremos. É tudo uma questão de "querença" mesmo. O problema é que ficamos divagando tempo demais entre o Ser e o querer, e nos perdemos na imensidão de opções... Ás vezes tudo o que temos que fazer é parar pra observar a "pequenez" dos nossos jardins, porque é no pequeno que podemos enchergar o universo inteiro. É detalhe!


Gislaine Pereira

terça-feira, 27 de abril de 2010

Exaustão,
uma parte de mim queria parar a outra não,
agora meus joelhos doem e também minha mão,
buscamos a evolução,
então usamos a repetição,
hoje fizemos gato, galinha, cachorro e leão,
um dia nossos corpos vão fazer tudo isso de cor(ação).


Henrique Rímoli

sábado, 17 de abril de 2010

Sensações paradoxais


Somos uma pequena parte desse imenso todo. Infinito, inalcansável. Um grão de areia na praia, uma gota de água no oceano, uma estrela no céu do universo. Mas o que seria o todo sem suas partes?

As vezes me pego pensando a respeito desse imenso universo em que vivemos, no incrível paradoxo que ele nos traz a cada momento. A fúria de um filhote recém nascido, as agitadas águas da calmaria do oceano, o azul tranquilizante do céu que ofusca nossos olhos, a linda luz do sol que nos queima a pele, até mesmo o caos da cidade que nos relaxa a mente.
Afinal, somos um eterno paradoxo. Somos ciclos sem fim!
Nascimento, vida e morte. Que nos faz questionar a cada dia os mistérios que nos inquietam a alma.

E de uma maneira bem mais simples, choramos para fazer rir, a cada minuto!


Rita Masini
direto de um casamento hippie chique na zona rural de porto alegre


Ensaio sobre a Cegueira- Entre Vendas

Entre vendas
Quem sou ?
Uma cega talvez, ou apenas vendada?
Por minutos vivi entre a escuridão.
O ver absolutamente tudo é nada.
Vi uma São Paulo agitada apenas por sensações.
O sol corou meu rosto, de inicio desconfiado.
Uma cega sendo guiada pelas ruas do Vale do Anhangabaú.
Entre cruzamentos,ruas esburacadas...Feiras livres mendigos; arvores ainda permanecem.
Eu sendo guiada por pessoas mudas .
Mais de sintonia igual ao meu corpo.
Confiança em doar-se ao outro.
Tudo pela primeira vez senti.
PanorÂmica sou.
Pensei diversas vezes enquanto era guiada.
Ganho asas na ponta de uma ladeira.
Sorriso de criança esboçei no rosto.
Estava em um livro de Saramago?
Não.
Fazia arte com os meus sentidos, na São Paulo cinza.

Por: Marcela Cabral/ Mar

Ensaio sobre a cegueira - II

Andar de olhos fechados... prazer.

É ter que confiar e esquecer de se preocupar com você. É se entregar de corpo todo e acreditar que o outro tem bons olhos, melhor que os seus. É preciso não tentar decifrar. Só aceitar. Deixar-se ser levada... onde? Em uma montanha ingreme, cheia de detalhes inimagináveis, onde o sol se põe. A bicicleta passa aqui do lado. Uma mulher de salto alto, apressada passa rápido. Um homem com pressa. Um rapaz com um chaveiro na mochila. Um homem que me galanteia na escuridão e perde a face diante de mim. Um ou dois curiosos me param.

O cheiro do vento. O cheiro de sujeira na rua. O cheiro da árvore. O cheiro de um bom perfume de alguém que passou aqui bem perto. O cheiro de cabelo recém lavado. O toque que me guia com cuidado e carinho...

Quanto mais você confia, mais longe vai. Mais alto sobe. E pula lá do alto. (Se quiser, só se quiser)

Eu ainda quero subir. Ainda quero confiar e não ouvir tantas vozes, quero só ouvir o vento e sentir os vários cheiros que ele traz. Com-fiança.

Quando guiei... des-confiança... queria ter levado mais longe... mas agente só pode levar alguém na montanha se esse alguém quiser subir também. Ficamos no quase. Quase fomos lá... Não foi? Agente ás vezes tem medo demais. O medo nos impede de ir mais longe e até de ser, de estar, de permanecer ali, de olhos vendados e espirito aberto. É dificil confiar nos olhos e nos passos de um outro alguém... Mas vale a pena. Há muito pra se ver pelos olhos e pelos passos do outro.


"A diferença entre o extraordinário e o ordinário está no extra, essa pontinha de dedicação a mais que você se dedica..."


Gislaine Pereira - Gis

sexta-feira, 16 de abril de 2010

ensaio sobre a cegueira

éramos um cego e um mudo,
qual a comunicação?
o toque,
e muita sintonia
e principalmente confiança,
a percepção que temos do mundo
com a visão é completamente diferente
da percepção sem a visão,
sem enxergar nossos outros sentidos
ganham proporções bem maiores,
o sol esquenta diferente,
o cheiro te envolve diferente,
seu tato sai das mão e ganha o corpo inteiro,
eu queria poder sentir tudo isso
mas com os olhos abertos,
queria ampliar para o corpo inteiro
essa captação do mundo
que a gente centraliza no olho,
eu quero e vou buscar.

Henrique Rímoli

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Queremos SER apanhadores de desperdícios

"Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantese aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões
.Prezo a velocidadedas tartarugas mas que a dos mísseis
.Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos como as boas moscas.
Queria que minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou a informática:eu sou da invencionática.
Só uso a palavra pra compor meus silêncios.


Manoel de Barros




Que nossa caminhada seja longa,mais que reverbere todos os dias o nosso aprendizado


Por: Marcela Cabral/Mar

Wall-e

Onde está o real valor das coisas?
Eu ainda acho que está nas coisas pequenas e (aparentemente) insignificantes.
Insignificante pra mim é: aquilo que é desprovido de significado!
Segundo o dicionário insignificante é: 1 Que nada significa. 2 Que não tem valor; sem importância. s m+f Pessoa sem importância.

E o que tem significado pra nós? O que é que tem sentido?

Certa vez ouvi que "onde está seu coração, aí está seu tesouro" e nunca me esqueci disso. O nosso tesouro é aquilo que nos é sagrado, aquilo que buscamos e/ou queremos preservar.
O Wall-e é um robozinho que é mais humano do que muitos de nós. Outro dia parei para pensar sobre os meninos que ficam ali no Anhangabaú... é muito revoltante vê-los naquela situação, é triste pensar que aqueles meninos não tem casa, não tem comida, não tem carinho e não tem nem o nosso olhar. Porque todos os dias passamos por eles e, talvez por comodidade ou por medo, fazemos de conta que eles não existem. Aí eu volto ao Wall-e: percebeu que ele estendia a mão para todas as pessoas pelas quais ele passava? Percebeu que ele olhava nos olhos de todos que passavam por ele? Eu percebi!
E me senti menos humana que ele.
Em muitos momentos paramos para pensar em como o mundo é injusto, em como SP é uma cidade cinza, cheia de lixo e rodeada pelas mazelas socias. Mas, sinceramente, quanto tempo gastamos tentando levantar meios de fazer algo para que isso mude? Quanto tempo dedicamos pra olhar o mundo com olhos de compaixão? Quanto tempo gastamos dizendo bom dia?
Hoje um onibus cheio de crianças parou do meu lado e duas meninas me chamaram! Me senti muito importante, aí ela disse que estava indo ao teatro e me desejou um bom dia!
Mais tarde uma menina, que brincava em um orelhão, me ofereceu o fone e fiz que não com a cabeça e fiz cara de que não queria falar com a pessoa do outro lado... ela ficou rindo.
Vivo me perguntando o que posso fazer pelas pessoas que estão "abandonadas", a mercê do destino... Agente tem mania de querer fazer o grande e esquece de fazer o minimo. Existem muitas coisas ao nosso alcance que deixamos de fazer porque preferimos esperar que o governo ou 'alguém melhor' faça.
Porque não podemos ser esse alguém melhor? É sempre mais fácil esperar pelo outro e colocar a culpa no "sistema". Eiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... nós somos parte desse tal sistema e se não fazemos nada pra melhorar, então compactuamos com ele. Viramos aqueles humanos gordos e sedentários do filme que estão tão ocupados com as suas vidinhas mediocres que se esquecem de olhar pro lado e ver a vida real.
Sabe o que acho mais bonito no Wall-e? Essa capacidade de viver o presente e resignificar tudo.

Foi exatamente por isso que escolhi fazer palhaço. Porque o palhaço é um Wall-e, alguém que quebra esse ritmo cotidiano e ousa jogar cor nas paredes enquanto canta. Alguém que joga o anel fora e fica com a caxinha na mão. As mãos dadas... ah... Eu não me esqueço das mãozinhas dele entrelaçadas, esse era o tesouro dele, era ali que estava seu coração. Não consigo me esquecer da voz dele chamando a E.V.A. É só isso que ele quer e é por conta desse querer que todo resto acontece.



O palhaço vê o mundo como possibilidade, como oportunidade... é sempre algo novo que se oferece a cada esquina. Cabe a nós ver e resignificar.

By Gislaine Pereira



P.s.: se puderem (e quiserem) vejam:
http://www.youtube.com/watch?v=kmw1yYRdDOM&feature=related




andamos todos os dias sozinhos
com as nossas baratinhas no ouvido,
rodeados de pessoas que fingimos nem perceber,
a nossa baratinha é mais interessante,
o lugar que encontramos mais amigos ao mesmo tempo
é a internet,
e é o lugar onde estamos mais sozinhos,
agora por exemplo estou junto de mais de 700 amigos,
mas no meu quarto só esta eu e minha baratinha,
eu e minha baratinha.


Henrique Rímoli

quarta-feira, 7 de abril de 2010

entre calangos,
sambaleles,
pobres meninas,
sabiás
e mandacarus,
nossas pirações postas em pratica,
nossa primeira apresentação
nossos clipes foram como a maioria disse hoje "legais",
mas ta só começando.

Henrique Rímoli

segunda-feira, 5 de abril de 2010

sabiá foi la pro terreiro,
e foi dançar com o sambalelê,
e a pobre menina que só quer
só pensa em namorar,
tanto dançou que perdeu a saia.

Henrique Rímoli
Assim iniciamos nossos estudos, abertos ao novo horizonte que se abre a nossa frente!
E agora, quase um mês depois, estamos aqui! Faça chuva ou faça sol, sorrindo ou chorando, dormindo ou acordando....

Que nossa caminhada seja prazerosa a todos, e que nosso espaço de troca e aprendizado nos faça REVERBERAR ao mundo nossas inquietudes mais e mais a cada dia. E que os faça RIR!


Rita Masini