quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Venha 2011...
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Xí caras
sábado, 27 de novembro de 2010
Da roda artistica...
Foi um prazer inenarrável passar esse dia com aquelas pessoas e compartilhar a noite belíssima de ontem!
Me emocionei, ri, quase chorei, me senti abraçada e fiquei com a sensação de que estou no caminho. Com toda cara de pau de que disponho pra seguir adiante e com bons companheiros por perto pra ajudar na caminhada!
Obrigada FPJotas!
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer
Saltimbancos como somos nós."
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Lados Avessos
O tempo inteiro.
Diante de olhos conhecidos das manhãs, ficamos despidos de artimanhas.
Vivemos as tragédias humanas.
Que são imperceptíveis aos olhos descuidados.
Uma alavanca para começar a chegar nesse estado.
Invadidos ainda somos por máscaras.
Outro corpo, voz e estado.
Diferente das posturas outrora que vivemos.
Nosso corpo entende mais nossa cabeça dificulta.
E temos que viver essas confusões entre mente e corpo.
Estamos defrontes para um trampolim.
E mais informações serão colocadas.
E mais honestidade terá que ter.
Que venham nossos lados avessos.
Ass: Marcela Cabral/Mar
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Commédia Dell' Arte Esse brincar de ser outros
Nos transformando em personagens que viveram no século XVI.
Nos reconhecendo.
Nos reconhecemos desde que vimos as mascáras dentro de um caixa rubra e colorida.
Nossos rostos foram contemplados, por figuras que invadiram nossos corpos e atitudes.
Nossa coluna foi modificada para o estado dessas personas que iriam nos contaminar.
Ganhamos tamanho, dimensão, projeção e pensamento.
Uma alegria e prazer esse brincar de se outros.
Que nos possibilita em estar na feira , em uma carroça andarilhando ou no teatro.
É um estado de extase e alerta em mesmo tom.
Poder satirar e ser sartirazado.
Da ingenuidade à esperteza.
Dizer o que pensa sem pudores morais ou cristão.
Lidar com as questões mais humanas que temos de fato:
A fome
O sexo
As necessidades fisiológicas e necessários para se ser humano.
E que camuflamos diariamente.
Estar por detrás da mascára é um alivio para desabafos e desejos.
É estar camuflado e integro ao mesmo tempo.
Mais mesmo quando nos aliviamos em camarim e suspendemos nossos segundos rostos;
Ainda estamos mascarados, o estado de alerta perpetua.
Invade os poros e nos dilata.
Que bonito de ser ver!
Que bonito de fazer!
Esse brincar de ser outros ainda vai longe.
Estamos perto de nos mostrar mais humanos.
Daqui há um tempo.
A Commédia nos deixará saudade.
Mais podemos encontrar nossos:
Pantalones,Tartaglia,Doutores,Enamorados,Capitães,Ragondas,Briguella,Arlequins,Olivetas,Zannis; nas
ruas de nossas casas,no metrô,na lojas.
Basta apenas levantar nossas mascáras cotidianas e ter um segundo olhar.
Eita que esse brincar de ser outros vai longe...
Muito longe...
ass: Marcela Cabral/Mar
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
O Célio está de volta...
Todo dia o sol levanta
E a gente canta
Ao sol de todo dia
Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde
Quando a noite a lua mansa
E a gente dança
Venerando a noite
Madrugada o céu de estrelas
e a gente dorme sonhando com o dia
(Caetano Veloso)
Gislaine Pereira
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
visitas
terça-feira, 7 de setembro de 2010
puta saco.
domingo, 5 de setembro de 2010
E o palhaço... o que é?
O palhaço é um ser que não cabe em si, por isso busca o olho do outro, ele reflete-se nos sorrisos dos outros.
Ser palhaço é ter o nariz vermelho quando tá todo mundo com o olho assim, vermelho, de tanto chorar...
O palhaço é o cara que vem na contramão!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Dell´arte
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Um certo Zanni
Ações imprevisiveis.
Brincadeiras com a ingenuidade.
Sonhos atrapalhados, que se misturam com uma fome incontrolável.
Ainda esfomeado tem a leveza e sorriso de criança.
E talvez seja.
Por detrás da mascára...
Está um certo um Zanni,um atrapalhado servo.
Nossa criança crescida.
Da Commédia dell' arte.
ass: Marcela Cabral/Mar
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Commedia Dell'arte
RRRRAGONDÁ!!
Apenas teoria de um ser
nunca antes habitado
por este corpo.
Acredito que toda mulher
tenha um pouco dela em si.
Será ela, a minha contra-máscara?
..:: Thaís Oliveira ::..
domingo, 22 de agosto de 2010
Des.A.Fio
Tecendo o meu caminho
Máscara
Corpo
Abismo
Entrega
Explosões para um novo des.a.fio
Thaís Oliveira
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
À Monique Franco
Resolvemos somar nossos talentos para fazer-lhe esta surpreendente serenata de amor, para que nesse dia você tenha sonhos de valsa, pois sabemos que seu coração é de ouro branco encrustrado de diamantes negros.
Desejamos que nesse dia você tenha muitas cervejas e barrinhas de cereais ao seu dispor.
E não se esqueça jamais que estaremos sempre aqui Toddynhos pra você!
Gislaine Pereira
em nome de todo o PFPJ4
Ponto de aprendizagem - sobre o grupo (13/08)
Algumas meias, luvas e cachecois dão um toque a mais nas roupas, mas ás vezes são mais valorizados do que os casacos e as calças."
O ponto em questão:
Já estamos viajando e todos fizeram as malas rapidamente. Agora vamos conferir a bagagem... -O que tem na bagagem que posso dividir com todos? O que eu poderia ter trazido para o grupo? O que o grupo dividiu comigo?
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Ai!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
Regras
Mascar ar
sábado, 14 de agosto de 2010
minha aprendizagem
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Entre Mascáras
O nosso espelho é a reação do outro.
Em corpos expansivos explodimos.
Expurgamos!
Damos vida ao baixo ventre,escondido pela sociedade.
Olhamos a cidade.
De outra maneira.
Sem vendas barateadas de alienação.
E entre mascáras estamos dentro da sala.
Que nos desnudam defronte olhos alheios e semelhantes.
A dança e a música entram por poros nossos expostos.
E dilaceram, chegamos a exaustão.
Falta de ar!
Recuperação dos sentidos!
Ah! O corpo quer explodir!
Explode!
O riso e o choro se fundem.
Entregues ao chão estamos, molhados de suor.
Quem são esses mascarados?
Súbito de consciência autoritária tenta nos repreender.
Indagando quem somos?
Nosso corpo reage antes da fala.
Mesmo exausto, pronunciamos ao nosso pensamento invasor:
Afinal quem sabe o que somos?
Sou como me vejo...
Não me apego à pensamentos discursivos pairando na cabeça.
E no momento me vejo através de olhos alheios.
Marcela Cabral/ Mar
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Da pedagogia de aprendizagem (minha e/ou nossa)
E o aprendizado, mesmo quando é acompanhado, é sempre solitário. Você só aprende o que VOCÊ aprende. Mas isso não é também, tornar-se ignorante, egocentrico, mesquinho... é só uma tomada de consciencia. Devemos aprender a aprender sozinhos e também a tornar a viajem alheia um tanto mais saborosa.
É esquizofrenico falar, eu sei... mas faz muito sentido viver!
Agente tem que ir sempre adiante. Não dá pra parar... E na correria temos que aprender a sorrir! Nos divertir no sério e ficar sério no meio daquilo que é muito divertido.
Adelante amigos!!!
O caminho é pesado daqui por diante, mas é muito leve se agente souber caminhar... é só uma questão de ajustar os passos!
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Popultura Corporar
Criou-se um movimento
O cérebro querendo segurar!
Foi surgindo a dança...
...Dança de minha terra...dança que sai do chão.
Vem entrando em minha alma
Transformando a visão
Através dos dedos dos pés,
da minha razão.
Thaís Oliveira
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Eia Cavalo Marinho!
Pensamentos não cabem no momento em que a palavra...
Transformar-se em suor.
Os poros dilatam-se.
Dançam,Agitam,Vibram...
Explode na irís de olhos nosso;enquanto damos um salto.
Gotas de suor homeopáticamente ensopam nossas blusas.
Exaustão!
A batida dos pés,nos guiam adiante.
AVANTE!
E o pandeiro dedilhado não para.
Eia Cavalo Marinho!
De pés empoeirados pelo terreiro.
Cobertos hoje por sapatos.
E iniciado em nosso chão de concreto cinza.
Eia Cavalo Marinho que passa!
Adiante...
Com o som da rabeca invadindo típano nossos.
E toadas livres.
Nos arrastam som adentro.
E voltamos com pés rasgados pela dança.
Poros dilatados em poesia e movimento.
Corpos modificados por nossa cultura.
Eia Cavalo Marinho!
ass: Marcela Cabral/Mar
quinta-feira, 29 de julho de 2010
As Férias vão acabar!
Esta acabando o nosso tempo de descansar.
Porque segunda-feira já esta ai!
E vamos voltar a trabalhar!!
Sei que muitas coisas, nós já vivemos...
Mas ainda temos MUITO a estudar
E acontece que o NOSSO caminho é longo....
Então...
“vambora” galera caminhar!!
Pois como já diz o titulo...
As férias vão acabar!!!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Remar
domingo, 18 de julho de 2010
Pausa
hora de descansar, dormir um pouquinho mais todos os dias (ou acordar e ir a outros lugares), repensar todo o caminho até aqui... planejar mudanças, ou planejar continuar no mesmo trilho...
Enfim, chegou a hora de dar uma pausa pra tomar um folêgo para o que virá.
É importante fazer um balanço da nossa trajetória... e até ser balançada pelos nossos mestres ao ouví-los dizendo o que pensam sobre cada um. (Eu fiquei balançada com o "retorno" que recebi).
E ouvi de muitos sobre esse momento: "-Ah, eles são uns fofos!"
Confesso que fui uma das que falei isso, porque eles são mesmo!
E convenhamos, sentar-se pra ouvir grandes mestres falando sobre você... é um privilégio enorme. É ter a certeza de que, simmm, plantamos lindas sementes nesse caminho. Agora vamos regar, adubar, cuidar, conversar com a plantinha (pra que ela cresça mais), deixá-la no sol, cuidar para que não queime ou fique encharcada demais, podar os galhos secos, tirar as ervas daninhas... e continuar plantando ainda mais nesse solo que fica cada vez mais fértil com esse cuidado tão carinhoso de vocês, mestres!
Agradeço, em nome dos outros 23 alunos / aprendizes pelo carinho que tiveram conosco nesse primeiro trimestre:
Célio Collela, Heraldo Firmino, Leslye Revely, Roberta Calza, Thais Ferrara, Luciana Viacava, Ronaldo Aguiar, Daiane Carina e Monique Franco!
Boas férias a todos nós!!!!
Gislaine Pereira
quarta-feira, 7 de julho de 2010
ANDEMOS
Em alguns instantes.
Passa por nós, sem pedir licença.
Olhemos para trás!
Sim. Já se passaram quase seis meses.
De convivência e respeito.
E estamos aqui!
Entre quedas,alguns machucados mais permanecemos.
Fora escolhidos 26!
E somos agora em 24.
Nem todos conseguiram retomar das quedas!
Mais Andemos!
Pois conviver com humores temperamentos diversos.
Não é tarefa fácil.
E que bom que não é!
Passamos mais tempos aqui e juntos , do que em nossas cidades.
Saimos pela manhã carregados de mochilas,instrumentos e roupas.
Tem horas que achamos que vamos desmorar.
Mais o aconchego inconsciente do grupo...
ACALENTA
ACALMA
Esse mar em tempestade com o céu rasgados em fúrias, que atravessamos neutralidade adentro.
Esse mar!
Esse mesmo mar é a nossa cabeça as vezes.
Os pensamentos escondidos, guardados.
Que surgem do nada, e são absolutamente tudo.
Inexoravelmente tudo.
Dentro de um todo
Dentro de nós.
São revelados as vezes pelo os olhos descobertos da máscara.
Olhos que não falam com palavras.
Mais são ,a palavra transmitida no corpo
Um primeiro ciclo se encerra, daqui alguns dias.
Dencasemos entao.
Pois nosso caminho apenas começou.
Andemos!
E como se diz no teatro:
EVOÉ!
ass: Marcela Cabral/Mar
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Passar inho
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Ana se banha
domingo, 13 de junho de 2010
A Formação de Palhaços para Jovens dos Doutores da Alegria, apresenta:
EXERCÍCIO CÊNICO DE FINALIZAÇÃO DO TRIMESTRE
Uma colagem de exercícios e experimentações que aconteceram em sala de aula.
Uma maneira simples, direta e divertida de contarmos
um pouquinho do que aconteceu nestes três primeiros meses de curso.
Dia 13/06/2010, domingo ás 19 horas
Entrada Franca
Será:
Teatro Escola Brincante
Local - Rua Purpurina, 428
São Paulo - SP
É isso ai! Até daqui a pouco, e sorte pra nós!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Mais um: Até Logo!
Pois é chará! Também não gosto de despedidas.
Mas essa semana, estão sendo muitas em minha vida.
Hoje foi pura emoção, e brincadeira.
Novas experiências virão e a que tive em suas aulas estarão aqui no meu cafofo (estofo) junto com todos os artistas dessa primeira etapa.
Apenas agradecimentos à todos, e que nessa próxima etapa venham mais provocadores com suas provocações.
Thaís Oliveira
terça-feira, 8 de junho de 2010
Respirar é Necessário
É algo muito dificil de entender logicamente.
Eclodo,Ondulo e laço um disco que não vai a lugar nenhum.
Fato!
Tremo,fico nervosa e ansiosa em mesma instância.
Mais é bom errar,também.
O melhor de tudo é perceber onde foi o erro.
Desse estado,querer refazer tudo.
O treino, a sequência.....
O meu corpo tem que fluir com o movimento.
O movimento fala de mim.
Do meu estado
Da minha trajetória.
Esquecer por alguns minutos
O nô da garganta
A suadeira
O esquecimento
A imprecisão
E ser.
Estar vivendo o permear... de cada movimento.
Como se todos me atravessem ao mesmo tempo.
E fundem no meu corpo que não é mais meu.
Que se confudem dentre tantos neutros que somos.
Entre tantos corpos que se locomovem
Em uma sala de duas janelas iluminada e um espelho coberto.
Universo dolorido esse o nosso e...
PRAZEROSO na maior parte.
Mais prazeroso que dolorido.
Tranquilidade e respiração
Serão necessária para esse refazer.
Para buscar o universo do justo
E ter rigor e propriedade no movimentar...
Respiremos e Recomeçemos..
Começando por mim...
Um,dois e já.....
ass: Marcela Cabral/Mar
domingo, 6 de junho de 2010
Espirito de Porco
Ia sem pressa pelas ruelas de paralelepipedo que cortam a pequena Guapiara, a noite já começara a cair e passando pela porta da igreja um barulho de algo caindo la dentro chama sua atenção, a porta abre-se lentamente e de la sai um gato negro, negro como a noite e de olhos que brilhavam mais que a lua num céu sem nuvens, neste momento uma brisa leve e gélida beija seu rosto e um arrepio toma conta de seu corpo deixando-o estático enquanto o gato atravessava calmamente a rua até subir em um telhado e desaparecer nas sombras .
João Cláudio retoma o controle do corpo e começa a andar mais acelerado até chegar na estrada de terra batida, molhada pela garoa onde ele escorrega e torce o tornozelo, ali ele fica sentado com muita dor até que ouvi um ruído irreconhecível vindo do mato, rapidamente ele se coloca na estrada que neste momento era iluminada apenas pela luz da lua cheia que tenta se esconder por entre a neblina que agora toma conta de tudo a sua volta, e põem se a andar mesmo com dor, o mais rápido possível, só que ele começa a ouvir aquilo o acompanhando por entre o mato e então João Cláudio começa a correr e aquilo foi junto a ele até que chegasse em casa e abrisse o portão de madeira com um empurrão tão forte que o deixou pendurado, tentou abrir a porta mas estava trancada por dentro e aquele ruído começou a aproximar-se e antes que aquilo o pegasse, sua mãe abriu a porta e ele caiu no chão levantando rapidamente para fechar o trinco, arrastou o sofá e encostou nela.
Depois de contar o ocorrido a seus pais, sua mãe munida de uma vassoura e seu pai de uma espingarda abrem a porta e se deparam com uma figura amedrontadora com quase 2,50m de altura, a cabeça de um javali com presas enormes, os ombros largos e o corpo todo peludo, eles ficaram se olhando por alguns instantes e quando o monstro ia abrir a boca João Cláudio fechou a porta em sua cara, e ouviu-se um grunhido tão forte que estremeceu a porta. E durante toda aquela noite ouviu-se algo rondando a casa.
.Renato Ribeiro.
Co-autoria: Leila Rosa
quinta-feira, 3 de junho de 2010
éramos 26
quarta-feira, 2 de junho de 2010
indiferença moveis
O bom eu quero mais
Na tristeza eu quero avesso
Agora quero paz
Saiba que todo fim
É um recomeço
Pra nossa vida quero amor
O resto eu desconheço
Fernando Proença
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles
Rita Masini
segunda-feira, 31 de maio de 2010
O Laço e o Abraço
Eu nunca tinha reparado como é curioso dar um laço... uma fita dando voltas?!?!
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,em qualquer coisa onde o faço.
Vai escorregando...devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade e tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,deixando livre as duas bandas do laço"
domingo, 30 de maio de 2010
As arvores
Mamam do sol pelas folhas
E pela terra
Também bebem água
Cantam no vento
E recebem a chuva de galhos abertos
Há as que dão frutas
E as que dão frutos
As de copa larga
E as que habitam esquilos
As que chovem depois da chuva
As cabeludas, as mais jovens mudas
As árvores ficam paradas
Uma a uma enfileiradas
Na alameda
Crescem pra cima como as pessoas
Mas nunca se deitam
O céu aceitam
Crescem como as pessoas
Mas não são soltas nos passos
São maiores, mas
Ocupam menos espaço
Árvore da vida
Árvore querida
Perdão pelo coração
Que eu desenhei em você
Com o nome do meu amor.
Ismália
Pôs- se a torre a sonhar...
Viu uma lua no céu...
Viu uma lua no mar...
No sonho em que se perdeu
Banhou-se em toda em luar...
Queria subir ao céu...
Queria descer ao mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu...
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu...
Ruflaram de par em par
Sua alma subiu ao céu...
Seu corpo desceu ao mar...
(Alphonsus de Guimaraes)
Postado por: Marcela Cabral/Mar
sábado, 29 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Passantes
Logicamente falando
Um corpo apenas.
Dolorido,Cansado e Modificado.
É.
Uma mente que escreve e fala sem parar.
Se cala.
De nada adianta para o estado que busco nesse instante.
O andar comum e apressado
É eliminado porta adentro.
A cor preta neutraliza-me.
Estou.
O fato de estar vigora.
Reverbera.
Aqueço o espaço.
Aqueço-me também em mesma proporção.
Sou o espaço e o movimento.
Vivencio o Fato de Estar.
Apenas vivo.
Palavras embaralhadas surge na ponta da língua.
Permaneço na prontidão.
Chegamos a exaustão.
As palavras que me surgiram anteriormente,esgotam-se
Meu corpo já respondeu-me.
Somos tão passantes quanto o movimento que se iniciou em nosso corpo hoje.
A liberdade de não saber, é preciso ser viver também.
Por : Marcela Cabral/ Mar
quinta-feira, 20 de maio de 2010
É uma correria geral, algo em torno de 60 horas sem dormir. Eram 105 grupos, com aproximadamente 500 artistas.
A festa foi linda, e todo o cansaço recompensado. Me arrepiei, me emocionei, e sei que muitos o fizeram comigo. Pois após tantas questões, tantos problemas e estruturas, o balão subiu, e no meio do Vale, e foi um dos espetáculos visualmente mais belos que já vi.
Peço desculpas, e agradeço. Cada um com um qual, mas principalmente pelo estado ausente, e pela paciência.
Mesmo porque, como me disse um grande amigo uma vez:
"Estamos juntos, mesmo separados!"
E nesse vai e vem infinito da vida, estou chegando!
Rita Masini
(pós) produção - maratona de rua - virada cultural 2010
domingo, 9 de maio de 2010
A musica vai tocando e é tocada, pode ser poluída ou pontuada, quem toca também se toca que a musica é silencio, que a musica meche no fundo de cada um, devolve lembranças, sentimentos, sensações e cheiros, da musica ninguém pode fugir, então fique esperto pois quando menos perceber um simples jingle pode te agarrar.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
batatinha frita 123
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Estórias
As histórias dos outros invadem nossa mente ainda em treinamento.
Se alojam e provocam nossos pensamentos clandestinos.
Eita!Que tem gente grande morando dentro da gente.
Querendo Desbravar o mundo.
Sem antes olhar por um segundo,a janela de casa.
Me pego pensando na história da menina magrela.
Que contara outro dia.
Que uma chuva de flor pairou na cidade.
E tudo era contado no máximos detalhes
Da visão de um cego.
Que permanecerá em nossas memórias.
Olhar o mundo com a sensação de uma cegueira.
Assim como outras estórias que há de se contar.
De tantas Marias,Joaquinas,Severinas,Manoel,Pedros e Paulos
Que estão nas esquinas de casa e nunca paramos pra olhar.
Que nosso quintal é gigante.
Tamanho que não nos damos conta.
Lembro das pipas brilhantes que via os meninos de pés empoeirados empinar.
E que não achava a menor a graça.
A não ser brincadeira chata de ficando olhar pro ar.
Que pular corda não é mais brincadeira de criança.
E que ser criança exige muito treinamento no olhar.
Num corpo que estranho agora.
O olho quando vejo no espelho.
Não é mais o mesmo corpo de um mês atrás.
Eita! Que descobrimos que o silêncio é importante.
Que nós não seremos mais o mesmos de antes.
Que a nossa boca de gente "grande"
Precisa saber calar mais.
E escutar melhor.
Que uma roda é ritual.
Estar também é!
Que conviver com estórias diariamente diferente das nossas, não é mais tão simples.
E daqui em diante isso só vai aumentar.
Até que não tenha mais dúvida pra quem mora dentro da gente.
E nos constestam com pensamentos invasivos!
Que podemos desbravar o mundo e nossos quintais, com maior riqueza em nosso olhar.
E assumir as éstorias do outro e contar para todos em um desbravar só!
ass: Marcela Cabral/Mar
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Querendo só ouvir o mundo... e olhá-lo de outro jeito.
Vê-lo mais como Zé Pierre e menos como multidão.
Ouço, agora enquanto escrevo, uma música que fala de mar... de amar.
E lembro da Monique falando sobre paixões e o do quanto ela falava apaixonadamente sobre isso.
Lembro da Clarice, a tal Lispector, dizendo:
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca."
E penso em quanto somos levados pelas sensações do mundo e o quanto somos sensação.
Tudo afinal é uma questão de toque; de como e quanto somos tocados por algo (e/ou alguém). É o comover: mover junto. Tirar do cotidiano cinza e mover para o reino do fantastico, do incrivel, do lúdico.
No caminho até aqui vim lendo um texto que falava sobre esse tempo poético: tempo poético de vida, tempo que nós estabelecemos quando e onde queremos. É tudo uma questão de "querença" mesmo. O problema é que ficamos divagando tempo demais entre o Ser e o querer, e nos perdemos na imensidão de opções... Ás vezes tudo o que temos que fazer é parar pra observar a "pequenez" dos nossos jardins, porque é no pequeno que podemos enchergar o universo inteiro. É detalhe!
terça-feira, 27 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
Sensações paradoxais
Somos uma pequena parte desse imenso todo. Infinito, inalcansável. Um grão de areia na praia, uma gota de água no oceano, uma estrela no céu do universo. Mas o que seria o todo sem suas partes?
As vezes me pego pensando a respeito desse imenso universo em que vivemos, no incrível paradoxo que ele nos traz a cada momento. A fúria de um filhote recém nascido, as agitadas águas da calmaria do oceano, o azul tranquilizante do céu que ofusca nossos olhos, a linda luz do sol que nos queima a pele, até mesmo o caos da cidade que nos relaxa a mente.
Afinal, somos um eterno paradoxo. Somos ciclos sem fim!
Nascimento, vida e morte. Que nos faz questionar a cada dia os mistérios que nos inquietam a alma.
E de uma maneira bem mais simples, choramos para fazer rir, a cada minuto!
Rita Masini
direto de um casamento hippie chique na zona rural de porto alegre
Ensaio sobre a Cegueira- Entre Vendas
Quem sou ?
Uma cega talvez, ou apenas vendada?
Por minutos vivi entre a escuridão.
O ver absolutamente tudo é nada.
Vi uma São Paulo agitada apenas por sensações.
O sol corou meu rosto, de inicio desconfiado.
Uma cega sendo guiada pelas ruas do Vale do Anhangabaú.
Entre cruzamentos,ruas esburacadas...Feiras livres mendigos; arvores ainda permanecem.
Eu sendo guiada por pessoas mudas .
Mais de sintonia igual ao meu corpo.
Confiança em doar-se ao outro.
Tudo pela primeira vez senti.
PanorÂmica sou.
Pensei diversas vezes enquanto era guiada.
Ganho asas na ponta de uma ladeira.
Sorriso de criança esboçei no rosto.
Estava em um livro de Saramago?
Não.
Fazia arte com os meus sentidos, na São Paulo cinza.
Por: Marcela Cabral/ Mar
Ensaio sobre a cegueira - II
Andar de olhos fechados... prazer.
É ter que confiar e esquecer de se preocupar com você. É se entregar de corpo todo e acreditar que o outro tem bons olhos, melhor que os seus. É preciso não tentar decifrar. Só aceitar. Deixar-se ser levada... onde? Em uma montanha ingreme, cheia de detalhes inimagináveis, onde o sol se põe. A bicicleta passa aqui do lado. Uma mulher de salto alto, apressada passa rápido. Um homem com pressa. Um rapaz com um chaveiro na mochila. Um homem que me galanteia na escuridão e perde a face diante de mim. Um ou dois curiosos me param.
O cheiro do vento. O cheiro de sujeira na rua. O cheiro da árvore. O cheiro de um bom perfume de alguém que passou aqui bem perto. O cheiro de cabelo recém lavado. O toque que me guia com cuidado e carinho...
Quanto mais você confia, mais longe vai. Mais alto sobe. E pula lá do alto. (Se quiser, só se quiser)
Quando guiei... des-confiança... queria ter levado mais longe... mas agente só pode levar alguém na montanha se esse alguém quiser subir também. Ficamos no quase. Quase fomos lá... Não foi? Agente ás vezes tem medo demais. O medo nos impede de ir mais longe e até de ser, de estar, de permanecer ali, de olhos vendados e espirito aberto. É dificil confiar nos olhos e nos passos de um outro alguém... Mas vale a pena. Há muito pra se ver pelos olhos e pelos passos do outro.
"A diferença entre o extraordinário e o ordinário está no extra, essa pontinha de dedicação a mais que você se dedica..."
Gislaine Pereira - Gis
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Queremos SER apanhadores de desperdícios
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantese aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões
.Prezo a velocidadedas tartarugas mas que a dos mísseis
.Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos como as boas moscas.
Queria que minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou a informática:eu sou da invencionática.
Só uso a palavra pra compor meus silêncios.
Manoel de Barros
Que nossa caminhada seja longa,mais que reverbere todos os dias o nosso aprendizado
Por: Marcela Cabral/Mar
Wall-e
Eu ainda acho que está nas coisas pequenas e (aparentemente) insignificantes.
E o que tem significado pra nós? O que é que tem sentido?
O Wall-e é um robozinho que é mais humano do que muitos de nós. Outro dia parei para pensar sobre os meninos que ficam ali no Anhangabaú... é muito revoltante vê-los naquela situação, é triste pensar que aqueles meninos não tem casa, não tem comida, não tem carinho e não tem nem o nosso olhar. Porque todos os dias passamos por eles e, talvez por comodidade ou por medo, fazemos de conta que eles não existem. Aí eu volto ao Wall-e: percebeu que ele estendia a mão para todas as pessoas pelas quais ele passava? Percebeu que ele olhava nos olhos de todos que passavam por ele? Eu percebi!
E me senti menos humana que ele.
Em muitos momentos paramos para pensar em como o mundo é injusto, em como SP é uma cidade cinza, cheia de lixo e rodeada pelas mazelas socias. Mas, sinceramente, quanto tempo gastamos tentando levantar meios de fazer algo para que isso mude? Quanto tempo dedicamos pra olhar o mundo com olhos de compaixão? Quanto tempo gastamos dizendo bom dia?
Hoje um onibus cheio de crianças parou do meu lado e duas meninas me chamaram! Me senti muito importante, aí ela disse que estava indo ao teatro e me desejou um bom dia!
Mais tarde uma menina, que brincava em um orelhão, me ofereceu o fone e fiz que não com a cabeça e fiz cara de que não queria falar com a pessoa do outro lado... ela ficou rindo.
Vivo me perguntando o que posso fazer pelas pessoas que estão "abandonadas", a mercê do destino... Agente tem mania de querer fazer o grande e esquece de fazer o minimo. Existem muitas coisas ao nosso alcance que deixamos de fazer porque preferimos esperar que o governo ou 'alguém melhor' faça.
Porque não podemos ser esse alguém melhor? É sempre mais fácil esperar pelo outro e colocar a culpa no "sistema". Eiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... nós somos parte desse tal sistema e se não fazemos nada pra melhorar, então compactuamos com ele. Viramos aqueles humanos gordos e sedentários do filme que estão tão ocupados com as suas vidinhas mediocres que se esquecem de olhar pro lado e ver a vida real.
Sabe o que acho mais bonito no Wall-e? Essa capacidade de viver o presente e resignificar tudo.
Foi exatamente por isso que escolhi fazer palhaço. Porque o palhaço é um Wall-e, alguém que quebra esse ritmo cotidiano e ousa jogar cor nas paredes enquanto canta. Alguém que joga o anel fora e fica com a caxinha na mão. As mãos dadas... ah... Eu não me esqueço das mãozinhas dele entrelaçadas, esse era o tesouro dele, era ali que estava seu coração. Não consigo me esquecer da voz dele chamando a E.V.A. É só isso que ele quer e é por conta desse querer que todo resto acontece.
O palhaço vê o mundo como possibilidade, como oportunidade... é sempre algo novo que se oferece a cada esquina. Cabe a nós ver e resignificar.
P.s.: se puderem (e quiserem) vejam:
http://www.youtube.com/watch?v=kmw1yYRdDOM&feature=related
quarta-feira, 7 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
E agora, quase um mês depois, estamos aqui! Faça chuva ou faça sol, sorrindo ou chorando, dormindo ou acordando....
Que nossa caminhada seja prazerosa a todos, e que nosso espaço de troca e aprendizado nos faça REVERBERAR ao mundo nossas inquietudes mais e mais a cada dia. E que os faça RIR!
Rita Masini