quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Entre Mascáras

Entre mascáras sem o reflexo do espelho.
O nosso espelho é a reação do outro.
Em corpos expansivos explodimos.
Expurgamos!
Damos vida ao baixo ventre,escondido pela sociedade.
Olhamos a cidade.
De outra maneira.
Sem vendas barateadas de alienação.
E entre mascáras estamos dentro da sala.
Que nos desnudam defronte olhos alheios e semelhantes.
A dança e a música entram por poros nossos expostos.
E dilaceram, chegamos a exaustão.
Falta de ar!
Recuperação dos sentidos!
Ah! O corpo quer explodir!
Explode!
O riso e o choro se fundem.
Entregues ao chão estamos, molhados de suor.
Quem são esses mascarados?
Súbito de consciência autoritária tenta nos repreender.
Indagando quem somos?
Nosso corpo reage antes da fala.
Mesmo exausto, pronunciamos ao nosso pensamento invasor:
Afinal quem sabe o que somos?
Sou como me vejo...
Não me apego à pensamentos discursivos pairando na cabeça.
E no momento me vejo através de olhos alheios.


Marcela Cabral/ Mar

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