quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Commédia Dell' Arte Esse brincar de ser outros

Eis que aqui mascarados estamos.


Nos transformando em personagens que viveram no século XVI.
Nos reconhecendo.
Nos reconhecemos desde que vimos as mascáras dentro de um caixa rubra e colorida.
Nossos rostos foram contemplados, por figuras que invadiram nossos corpos e atitudes.
Nossa coluna foi modificada para o estado dessas personas que iriam nos contaminar.
Ganhamos tamanho, dimensão, projeção e pensamento.
Uma alegria e prazer esse brincar de se outros.
Que nos possibilita em estar na  feira , em uma carroça andarilhando ou no teatro.
É um estado de extase e alerta em mesmo tom.
Poder satirar e ser sartirazado.
Da ingenuidade à esperteza.
Dizer o que pensa sem pudores morais ou cristão.
Lidar com as questões mais humanas que temos de fato:
A fome
O sexo
As necessidades fisiológicas e necessários para se ser humano.
E que camuflamos diariamente.
Estar por detrás da mascára é um alivio para desabafos e desejos.
É estar camuflado e integro ao mesmo tempo.
Mais mesmo quando nos aliviamos em camarim e suspendemos nossos segundos rostos;
Ainda estamos mascarados, o estado de alerta perpetua.
Invade os poros e nos dilata.
Que bonito de ser ver!
Que bonito de fazer!
Esse brincar de ser outros ainda vai longe.
Estamos perto de nos mostrar mais humanos.
Daqui há um tempo.
A Commédia nos deixará saudade.
Mais podemos encontrar nossos:
 Pantalones,Tartaglia,Doutores,Enamorados,Capitães,Ragondas,Briguella,Arlequins,Olivetas,Zannis; nas
ruas de nossas casas,no metrô,na lojas.
Basta apenas levantar nossas mascáras cotidianas e ter um segundo olhar.
Eita que esse brincar de ser outros vai longe...
Muito longe...

ass: Marcela Cabral/Mar

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