quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vista da Janela do meu quarto (meu jardim etereo)


Hoje sai da aula querendo ficar em silêncio.
Querendo só ouvir o mundo... e olhá-lo de outro jeito.
Vê-lo mais como Zé Pierre e menos como multidão.
Ouço, agora enquanto escrevo, uma música que fala de mar... de amar.
E lembro da Monique falando sobre paixões e o do quanto ela falava apaixonadamente sobre isso.
Lembro da Clarice, a tal Lispector, dizendo:
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca."
E penso em quanto somos levados pelas sensações do mundo e o quanto somos sensação.
Tudo afinal é uma questão de toque; de como e quanto somos tocados por algo (e/ou alguém). É o comover: mover junto. Tirar do cotidiano cinza e mover para o reino do fantastico, do incrivel, do lúdico.

No caminho até aqui vim lendo um texto que falava sobre esse tempo poético: tempo poético de vida, tempo que nós estabelecemos quando e onde queremos. É tudo uma questão de "querença" mesmo. O problema é que ficamos divagando tempo demais entre o Ser e o querer, e nos perdemos na imensidão de opções... Ás vezes tudo o que temos que fazer é parar pra observar a "pequenez" dos nossos jardins, porque é no pequeno que podemos enchergar o universo inteiro. É detalhe!


Gislaine Pereira

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