sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pastorinhas

A estrela d'alva
No céu desponta
E a lua anda tonta
Com tamanho esplendor
E as pastorinhas
Pra consolo da lua
Vão cantando na rua
Lindos versos de amor...

estrela d´alva é um dos nomes do planeta Vênus, estrela pois brilha feito uma e D´alva porque surge na alvorada.

Henrique Rímoli

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ana se banha

ana brincava com a bolhas que subiam enquanto esfregava seu corpo com a bucha,
soprava cada bolhinha até que elas alcançassem o teto e explodissem,
ana se esqueceu do mundo e que no fundo era só isso que ela queria,
sorrir e ter nos olhos essa alegria,
não o sabão que na sua retina ardia.

Henrique Rímoli

domingo, 13 de junho de 2010

É HOJE!!!


A Formação de Palhaços para Jovens dos Doutores da Alegria, apresenta:


EXERCÍCIO CÊNICO DE FINALIZAÇÃO DO TRIMESTRE

Uma colagem de exercícios e experimentações que aconteceram em sala de aula.
Uma maneira simples, direta e divertida de contarmos
um pouquinho do que aconteceu nestes três primeiros meses de curso.


Dia 13/06/2010, domingo ás 19 horas
Entrada Franca

Será:
Teatro Escola Brincante
Local - Rua Purpurina, 428
São Paulo - SP



É isso ai! Até daqui a pouco, e sorte pra nós!


Rita Masini

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mais um: Até Logo!

Pois é chará! Também não gosto de despedidas.

Mas essa semana, estão sendo muitas em minha vida.

Hoje foi pura emoção, e brincadeira.

Novas experiências virão e a que tive em suas aulas estarão aqui no meu cafofo (estofo) junto com todos os artistas dessa primeira etapa.

Apenas agradecimentos à todos, e que nessa próxima etapa venham mais provocadores com suas provocações.

Até Logo...

Thaís Oliveira

terça-feira, 8 de junho de 2010

Respirar é Necessário

E o universo do treino.
É algo muito dificil de entender logicamente.
Eclodo,Ondulo e laço um disco que não vai a lugar nenhum.
Fato!
Tremo,fico nervosa e ansiosa em mesma instância.
Mais é bom errar,também.
O melhor de tudo é perceber onde foi o erro.
Desse estado,querer refazer tudo.
O treino, a sequência.....
O meu corpo tem que fluir com o movimento.
O movimento fala de mim.
Do meu estado
Da minha trajetória.
Esquecer por alguns minutos
O nô da garganta
A suadeira
O esquecimento
A imprecisão
E ser.
Estar vivendo o permear... de cada movimento.
Como se todos me atravessem ao mesmo tempo.
E fundem no meu corpo que não é mais meu.
Que se confudem dentre tantos neutros que somos.
Entre tantos corpos que se locomovem
Em uma sala de duas janelas iluminada e um espelho coberto.
Universo dolorido esse o nosso e...
PRAZEROSO na maior parte.
Mais prazeroso que dolorido.
Tranquilidade e respiração
Serão necessária para esse refazer.
Para buscar o universo do justo
E ter rigor e propriedade no movimentar...
Respiremos e Recomeçemos..
Começando por mim...
Um,dois e já.....


ass: Marcela Cabral/Mar

domingo, 6 de junho de 2010

Poesia

É lindo descobrir que tudo é poesia...

... e o belo se cria.

Thaís Oliveira

Espirito de Porco

Isso ocorreu em uma pequena cidade do interior Paulista num finzinho de tarde frio e chuvoso do mês de Agosto, não se via nenhuma alma viva em qualquer canto que se olhasse, as vendas já tinham baixado suas portas, os botecos não tinham mais nenhum cachaceiro caído nas portas, nem os pássaros arriscavam sair de seus ninhos, todos estavam dentro de suas casas se aquecendo e João Cláudio encontrava-se só pelas ruas da pacata Guapiara, ele era filho único de pequenos agricultores que a muito residiam na região e o sitio em que morava ficava distante do centro da cidade e neste momento já havia perdido a carona que o levaria de volta até sua casa, sem ter onde passar a noite ele decide ir caminhando.
Ia sem pressa pelas ruelas de paralelepipedo que cortam a pequena Guapiara, a noite já começara a cair e passando pela porta da igreja um barulho de algo caindo la dentro chama sua atenção, a porta abre-se lentamente e de la sai um gato negro, negro como a noite e de olhos que brilhavam mais que a lua num céu sem nuvens, neste momento uma brisa leve e gélida beija seu rosto e um arrepio toma conta de seu corpo deixando-o estático enquanto o gato atravessava calmamente a rua até subir em um telhado e desaparecer nas sombras .
João Cláudio retoma o controle do corpo e começa a andar mais acelerado até chegar na estrada de terra batida, molhada pela garoa onde ele escorrega e torce o tornozelo, ali ele fica sentado com muita dor até que ouvi um ruído irreconhecível vindo do mato, rapidamente ele se coloca na estrada que neste momento era iluminada apenas pela luz da lua cheia que tenta se esconder por entre a neblina que agora toma conta de tudo a sua volta, e põem se a andar mesmo com dor, o mais rápido possível, só que ele começa a ouvir aquilo o acompanhando por entre o mato e então João Cláudio começa a correr e aquilo foi junto a ele até que chegasse em casa e abrisse o portão de madeira com um empurrão tão forte que o deixou pendurado, tentou abrir a porta mas estava trancada por dentro e aquele ruído começou a aproximar-se e antes que aquilo o pegasse, sua mãe abriu a porta e ele caiu no chão levantando rapidamente para fechar o trinco, arrastou o sofá e encostou nela.
Depois de contar o ocorrido a seus pais, sua mãe munida de uma vassoura e seu pai de uma espingarda abrem a porta e se deparam com uma figura amedrontadora com quase 2,50m de altura, a cabeça de um javali com presas enormes, os ombros largos e o corpo todo peludo, eles ficaram se olhando por alguns instantes e quando o monstro ia abrir a boca João Cláudio fechou a porta em sua cara, e ouviu-se um grunhido tão forte que estremeceu a porta. E durante toda aquela noite ouviu-se algo rondando a casa.



.Renato Ribeiro.
Co-autoria: Leila Rosa

quinta-feira, 3 de junho de 2010

éramos 26

éramos 26,
hoje somos 24
um pra cada ano da minha vida,
gostaria que fôssemos 26 ainda
mas não os mesmos 26
do dia 16 do 3
um 26 diferente,
os 24 de hoje
e outros 2
que aguentassem o tranco,
se bem que pelo balançar do barco
daqui a pouco gritaremos de novo:
-HOMEM AO MAR.

Henrique Rímoli




quarta-feira, 2 de junho de 2010

indiferença moveis

Do que é ruim eu me esqueço
O bom eu quero mais
Na tristeza eu quero avesso
Agora quero paz
Saiba que todo fim
É um recomeço
Pra nossa vida quero amor
O resto eu desconheço


Fernando Proença
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles


Rita Masini