Eis que aqui mascarados estamos.
Nos transformando em personagens que viveram no século XVI.
Nos reconhecendo.
Nos reconhecemos desde que vimos as mascáras dentro de um caixa rubra e colorida.
Nossos rostos foram contemplados, por figuras que invadiram nossos corpos e atitudes.
Nossa coluna foi modificada para o estado dessas personas que iriam nos contaminar.
Ganhamos tamanho, dimensão, projeção e pensamento.
Uma alegria e prazer esse brincar de se outros.
Que nos possibilita em estar na feira , em uma carroça andarilhando ou no teatro.
É um estado de extase e alerta em mesmo tom.
Poder satirar e ser sartirazado.
Da ingenuidade à esperteza.
Dizer o que pensa sem pudores morais ou cristão.
Lidar com as questões mais humanas que temos de fato:
A fome
O sexo
As necessidades fisiológicas e necessários para se ser humano.
E que camuflamos diariamente.
Estar por detrás da mascára é um alivio para desabafos e desejos.
É estar camuflado e integro ao mesmo tempo.
Mais mesmo quando nos aliviamos em camarim e suspendemos nossos segundos rostos;
Ainda estamos mascarados, o estado de alerta perpetua.
Invade os poros e nos dilata.
Que bonito de ser ver!
Que bonito de fazer!
Esse brincar de ser outros ainda vai longe.
Estamos perto de nos mostrar mais humanos.
Daqui há um tempo.
A Commédia nos deixará saudade.
Mais podemos encontrar nossos:
Pantalones,Tartaglia,Doutores,Enamorados,Capitães,Ragondas,Briguella,Arlequins,Olivetas,Zannis; nas
ruas de nossas casas,no metrô,na lojas.
Basta apenas levantar nossas mascáras cotidianas e ter um segundo olhar.
Eita que esse brincar de ser outros vai longe...
Muito longe...
ass: Marcela Cabral/Mar